2.8.08

DOCE MENINA. FAMILIARES DAS VÍTIMAS INOCENTES ESTÃO REVOLTADOS.


Acidente com vítima fatal revolta moradores de Cosmópolis
Garrafa de cerveja estava no carro que teria causado acidente
Rodrigo Guadagnim - Cosmópolis

Carro capotou após colidir com outro veículoAcidente de trânsito registrado na área urbana de Cosmópolis deixou uma pessoa morta outra gravemente ferida, às 18h15 de anteontem. A população da cidade está indignada com o fato, já que há indícios de que o motorista do Corsa que provocou o acidente, Luís Fernando Cabral, 22, teria consumido bebida alcoólica antes da colisão (no interior do carro havia uma garrafa de cerveja). Ele morreu no local. A atendente Juliana Freire da Silva, 22, antigida pelo Corsa, permanecia em coma na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do HC (Hospital das Clínicas) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), até o início da noite de ontem. O delegado de Cosmópolis, Américo Sidney Rissatto, pediu exame de sangue de Cabral e deve instaurar inquérito para investigar o acidente.
Segundo informações de testemunhas ouvidas no local, Cabral dirigia em alta velocidade no sentido centro-bairro quando teria perdido o controle do carro depois de passar por uma lombada. O carro dirigido por ele bateu de frente com um Escort, e atingiu a atendente que acabara de se sentar sobre a sua Honda Biz, que estava estacionada na calçada, em frente a uma padaria. O Corsa tombou e ele morreu emprensado entre as ferragens e o solo.
No Corsa havia outras quatro pessoas que sofreram ferimentos leves. No Escort dirigido por José Maurício Velascos, 43, estavam a mulher e três filhos (sendo uma menina de um ano e seis meses). “A sorte é que a Camilly estava no banco de trás, no colo do meu outro filho (de 22 anos). Se estivesse no colo da minha mulher teria morrido”, contou Velascos. Mesmo usando sinto de segurança, a esposa dele bateu a cabeça contra o vidro e apresenta ferimentos na testa. “Se ele não estivesse correndo não teria acontecido tudo isso”, afirmou. As placas de sinalização da via, que tem mão dupla de direção em pista única, indicam velocidade máxima de 40 km/h.
MENINA DOCE
A dona da padaria em frente ao local do acidente, Maria Teresa Salmazzi, 53, contou que Juliana acabara de comprar pães. “Ela entrou aqui, comprou cinco pãezinhos, como fazia todos os dias, e quando montou na moto para ir embora, foi atingida pelo carro”. O cabeleireiro Paulo Roberto Flausino, 42, trabalhava no salão anexo à padaria no momento do acidente. “Escutei o barulho e quando olhei já vi menina deitada na calçada, desacordada. Pensei que ela estivesse morta, já que sangrava pelo ouvido”. Flausino acredita que não houve tempo para ela vestir o capacete. “Acho que não deu tempo porque o capacete estava caído distante dela”.
Izabel da Silva, mãe de Juliana, disse estar arrasada. “Ela é uma menina muito doce, minha companheira, minha amiga”. Com relação ao motorista do outro carro, ela preferiu não comentar. “Já me falaram muita coisa, mas, não sei qual é a verdade. Estou tão arrasada que não consigo sentir nada por ele nesse momento”.

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