7.1.09

RIO PIRAPITINGUI QUE ABASTECE COSMÓPOLIS: UMA CONSTANTE PREOCUPAÇÃO.


Empresas vão retirar borra de aterro
Novo acordo com o MP prevê remoção e destinação correta de resíduos tóxicos
Maria Teresa Costa DA AGÊNCIA ANHANGUERA

As empresas que depositaram 326 toneladas de resíduos tóxicos de forma inadequada, contaminando solo e água subterrânea no Aterro Mantovani, em Santo Antonio de Posse, na Região Metropolitana de Campinas (RMC), vão retirar as borras oleosas, formadas por resíduos oleosos e tóxicos, ainda depositados na vala aberta do aterro e dar destinação final ambientalmente adequada. O material será usado como combustível em forno de cimento. A retirada vai depender de licenças ambientais, mas a medida ainda está longe de resolver a situação de um dos maiores passivos ambientais do Estado de São Paulo.Um novo aditamento do Termo de Compromisso (TC) com o Ministério Público (MP) Estadual foi assinado pelas empresas há duas semanas, prevendo a retirada de 12 mil toneladas de borra do total de 15 mil toneladas originalmente depositadas. Outras 3 mil toneladas haviam sido retiradas nos últimos anos. Um novo aditamento, o décimo, será feito ainda no primeiro trimestre para a recuperação do Aterro Mantovani. Nessa etapa, contemplará a caracterização dos resíduos depositados em toda a área e a apresentação do projeto de remediação final da gleba contaminada. As empresas haviam apresentado um plano de remediação que previa o tratamento dos resíduos na própria área, mas a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) rejeitou. As novas medidas acordadas dão sequência a um acordo anterior, assinado em outubro, em que as empresas se comprometeram a adotar uma série de medidas de curto prazo para conter eventual avanço da contaminação e que custarão R$ 2,65 milhões. O valor será rateado entre 48 empresas que vêm participando do TC e que teriam depositado os resíduos tóxicos na área. Essas medidas incluem o monitoramento semestral das águas superficiais e subterrâneas do aterro, monitoramento trimestral do ar, elaboração e implantação de plano de contingência, no caso de ocorrência de problemas na operação das áreas, limpeza e manutenção da infraestrutura da gleba, fornecimento de água potável para consumo humano aos moradores de sítios vizinhos, operação, supervisão técnica e manutenção de barreiras hidráulicas e outros sistemas de bombeamento da Estação de Tratamento de Águas e das linhas de descarte, e esgotamento contínuo da vala aberta e encaminhamento para a estação. Esses acordos estão sendo formalizados dentro de inquérito civil público instaurado em março de 2001 pela Promotoria de Justiça de Jaguariúna e foram assinados pelos promotores Kelli Giovanna Altieri Arantes, Luciana Ribeiro Guimarães e Fausto Luciano Panicacci, e pelo procurador Paulo Roberto Galvão de Carvalho, do Ministério Público Federal. SAIBA MAIS. Depósito começou a ser feito em 1974. O pesadelo no bairro Pirapitingui, em Santo Antonio de Posse, começou em 1974, ano em que o sítio de Valdemar Mantovani começou a receber resíduos químicos. Na época, não havia lei específica. Quando a lei foi criada, a Cetesb emitiu licença para que recebesse alguns resíduos. Porém, várias empresas depositaram material irregularmente. O aterro foi fechado pela Cetesb em 1987. Parte dos resíduos vazou para o lençol freático. Dentre as substâncias, há organoclorados, solventes e metais pesados. Das 60 empresas, 48 assinaram um termo com o MP se comprometendo a remediar a área. Já foram feitos oito aditamentos.

2 comentários:

Anônimo disse...

isso eh muito preocupante

Anônimo disse...

qualquer chuva mais caudalosa, poderá promover um transbordamento do aterro mantovani, vindo contaminar as aguas do Pirapitingui,e principalmente as torneiras de nossas casas

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