Cosmópolis clama por uma nova oposição
Chega uma hora na vida que é preciso mudar. Para isto, nem é preciso que as coisas estejam desandadas, mas pelo simples fato de que o ser humano é por natureza inquieto. Em nossa casa, começamos por mudar as coisas de lugar, inverter os quadros nas paredes, trocar os móveis de lugar, até chegar ao ponto de substituir tudo, trocar o que é velho ou que não gostamos mais, ou que não tenha mais serventia, por novos e modernos produtos. E assim nos sentimos mais confortável.
Na política é assim também, porém não se trata de simplesmente substituir os atuais por outros. Em alguns casos seria até bom, mas o problema da “oposição” cosmopolense nem é tanto as pessoas que teoricamente a compõem, e sim os seus métodos de atuação e as suas inexistentes idéias. Cosmópolis precisa de uma nova concepção de desenvolvimento, de como lidar com uma grande massa de jovens abandonados à própria sorte, sem nenhuma possibilidade de completar seu ciclo de aprendizado.
A “oposição”, no que diz respeito ao Legislativo, há muito tempo deixou de tratar de temas importantes para o bem-estar geral da população, para se transformar em um corpo de temas fáceis, ou seja, os vereadores fazem política olhando para a arquibancada, se apropriando de tudo quanto é tema de fácil digestão.
Pior ainda! Os vereadores tidos como de “oposição”, sem rumo, chegaram às raias do absurdo de aprovarem as contas do ex-prefeito cheio de irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas. Como é que podem os vereadores dizer que são da “oposição”, que foram eleitos no campo da “oposição” e não só endossarem, mas como sacramentarem com os seus próprios votos? O unico que teve coragem de votar contra a bandalheira. E qual é o crime do vereador suplente Geraldo? Ser a única voz em defesa do bem público?
Na verdade, os vereadores da “oposição” (os da situação estão no papel deles), individualmente se deixaram levar pelo mais deprimente sentimento de mesquinharia, na suposição de no futuro não distante terão algum tipo de vantagens.
O vereador precisa se lembrar, que não tem um mandato, mas um emprego público que precisa renovar a cada quatro anos. Esta é a “oposição”, porque o que conta mesmo são os detentores de mandato, que têm condição de fazer acontecer as coisas. Assim, com esta política fraca, padecem todos os 55 mil habitantes de Cosmópolis, pois a cidade vai ficando para trás. Nada ou pouco de novo acontece aqui. E há uma grande dificuldade em aceitar o que vem de fora. Por isto, mais do que trocar nomes na política de Cosmópolis, é imperativo que se mudem os métodos, as atitudes e que se dê à cidade uma chance de progredir, de se desenvolver. Nossos jovens precisam que isto aconteça de forma urgente. Não podemos mais aceitar que os jovens tenham de passar a vida toda estudando e trabalhando fora sem ao menos receber o reembolso escolar que é garantido por Lei. A unica oposição visível que podemos notar até agora é aos estudantes que estão sem o reembolso escolar, aos profissionais do magistério que estão sem o residual do FUNDEB e à população desinformada.
Editado Por: Ednaldo Luiz Lima - MTb / SP / 34592 DIREITOS AUTORAIS PROTEGIDOS PELA LEI Nº 9.610/98