Jaguari: Captação pode ficar inviável em 10 anos
Autor: Henry Villela - Fonte: JORNAL DE LIMEIRA
Avaliação é dada por estudo feito pela Unicamp
Uma das principais fontes de abastecimento de Limeira, o Rio Jaguari pode ter o fornecimento de água comprometido dentro de dez anos. Isso é o que mostra uma pesquisa preliminar feita por professores e alunos do Centro Superior de Educação Tecnológica (Ceset/Unicamp) de Limeira. O levantamento faz parte de um pacote de 19 projetos que foram aprovados e apresentados no 10º Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia, que aconteceu no Rio Grande do Sul. Esta primeira etapa do estudo levou cerca de um ano, e, segundo os professores, foi suficiente para constatar que há sérios problemas tanto em sedimentos (no fundo do ribeirão) como na água. "O que já podemos afirmar é que há pontos de toxidade crônica no ribeirão, o que podem comprometer todo o ecossistema e a qualidade da água a longo prazo", explica a professora e orientadora dos projetos Cassiana Maria Reganhan Coneglian. Segundo ela, se programas para despoluição não forem intensificados, assim como criação de matas ciliares ao longo do Jaguari, o tratamento ficará inviável no futuro, impossibilitando a coleta de água. "Nossa próxima etapa no projeto é identificar o que está causando a poluição e assim encaminhar a situação para a Secretaria de Agricultura", afirma a pesquisadora, que adianta que toda a pesquisa deve ser concluída em dois anos.Os efeitos do ar na água também foram pesquisados. O biólogo Gilberto Almeida - que também participou dos projetos - diz que o número de partículas inaláveis em Limeira é diluído na água, o que pode causar doenças graves, devido ao grande volume de partículas. "A poluição do ar causa problemas também na água, o que prejudica a cadeia alimentar e gera uma crise em todo o ecossistema. Uma pessoa comendo um peixe contaminado ou bebendo a água pode contrair até mesmo o câncer", afirma. Almeida defende que a maior parte da poluição causada por partículas inaláveis em Limeira é causada pelos automóveis, mas que eventos - como poluição de indústrias e a queima da cana - também têm ajudado a intensificar esse tipo de poluição. "O fato é que se nada for feito, o abastecimento de Limeira corre sérios riscos a longo prazo. Existe, por exemplo, até mesmo a possibilidade de o Jaguari se tornar um Rio Piracicaba no futuro", aponta. APRESENTAÇÃO Os projetos elaborados pelos professores e alunos da Unicamp foram selecionados entre os 60 melhores trabalhos - de um universo de 500 - apresentados por universidades do Brasil e até de outro países no 10º Congresso de Ecotoxicologia. "Isso significa reconhecimento e também que estamos no caminho certo com nossas pesquisas", diz uma das pesquisadoras, a tecnóloga em Saneamento Ádria Caloto de Oliveira. A implantação do projeto contou também com a ajuda do professor Abílio Lopez de Oliveira Neto, que faleceu no ano passado. Todos os testes foram feitos no Laboratório de Ecotoxicologia Aquática e Limnológica (LEAL) do Ceset/Unicamp. No local, são cultivados diversos organismos aquáticos e terrestres para a utilização de pesquisas, onde é possível analisar o efeito tóxico das substâncias químicas e dos agentes físicos na água sobre os organismos vivos, verificando assim o histórico e as perspectiva de rios e ribeirões.
Uma das principais fontes de abastecimento de Limeira, o Rio Jaguari pode ter o fornecimento de água comprometido dentro de dez anos. Isso é o que mostra uma pesquisa preliminar feita por professores e alunos do Centro Superior de Educação Tecnológica (Ceset/Unicamp) de Limeira. O levantamento faz parte de um pacote de 19 projetos que foram aprovados e apresentados no 10º Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia, que aconteceu no Rio Grande do Sul. Esta primeira etapa do estudo levou cerca de um ano, e, segundo os professores, foi suficiente para constatar que há sérios problemas tanto em sedimentos (no fundo do ribeirão) como na água. "O que já podemos afirmar é que há pontos de toxidade crônica no ribeirão, o que podem comprometer todo o ecossistema e a qualidade da água a longo prazo", explica a professora e orientadora dos projetos Cassiana Maria Reganhan Coneglian. Segundo ela, se programas para despoluição não forem intensificados, assim como criação de matas ciliares ao longo do Jaguari, o tratamento ficará inviável no futuro, impossibilitando a coleta de água. "Nossa próxima etapa no projeto é identificar o que está causando a poluição e assim encaminhar a situação para a Secretaria de Agricultura", afirma a pesquisadora, que adianta que toda a pesquisa deve ser concluída em dois anos.Os efeitos do ar na água também foram pesquisados. O biólogo Gilberto Almeida - que também participou dos projetos - diz que o número de partículas inaláveis em Limeira é diluído na água, o que pode causar doenças graves, devido ao grande volume de partículas. "A poluição do ar causa problemas também na água, o que prejudica a cadeia alimentar e gera uma crise em todo o ecossistema. Uma pessoa comendo um peixe contaminado ou bebendo a água pode contrair até mesmo o câncer", afirma. Almeida defende que a maior parte da poluição causada por partículas inaláveis em Limeira é causada pelos automóveis, mas que eventos - como poluição de indústrias e a queima da cana - também têm ajudado a intensificar esse tipo de poluição. "O fato é que se nada for feito, o abastecimento de Limeira corre sérios riscos a longo prazo. Existe, por exemplo, até mesmo a possibilidade de o Jaguari se tornar um Rio Piracicaba no futuro", aponta. APRESENTAÇÃO Os projetos elaborados pelos professores e alunos da Unicamp foram selecionados entre os 60 melhores trabalhos - de um universo de 500 - apresentados por universidades do Brasil e até de outro países no 10º Congresso de Ecotoxicologia. "Isso significa reconhecimento e também que estamos no caminho certo com nossas pesquisas", diz uma das pesquisadoras, a tecnóloga em Saneamento Ádria Caloto de Oliveira. A implantação do projeto contou também com a ajuda do professor Abílio Lopez de Oliveira Neto, que faleceu no ano passado. Todos os testes foram feitos no Laboratório de Ecotoxicologia Aquática e Limnológica (LEAL) do Ceset/Unicamp. No local, são cultivados diversos organismos aquáticos e terrestres para a utilização de pesquisas, onde é possível analisar o efeito tóxico das substâncias químicas e dos agentes físicos na água sobre os organismos vivos, verificando assim o histórico e as perspectiva de rios e ribeirões.
2 comentários:
também e o esgoto que o pivatto joga nesse rio ????
ATENÇÃO ESTUDIOSOS DA UNICAMP - O IMPÁCTO AMBIENTAL DEFEINITIVO FOI QUANDO DESVIARAM O RIO JAGUARI PARA ABATECER 9 MILHÕES DE PESSOAS NA CIDADE DE SÃO PAULO - O FAMIJERADO "PROJETO CANTAREIRA" QUE DESVIA 38 METROS CÚBICOS DE ÁGUA POR SEGUNDO - DEIXANDO O RIO JAGUÁRÍ SEM CAPACIDADE DE REVITALIZAÇÃO.
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