EM LIMEIRA, SECRETÁRIO DE SEGURANÇA É INDICIADO PELA POLICIA FEDERAL POR DESVIO DE DINHEIRO DA GUARDA MUNICIPAL

PF indicia secretário de Segurança por desvio de dinheiro da GM

Outras 2 pessoas também respondem por falsidade ideológica. Investigação cita Silvio Félix e foi encaminhada para o TRF.

06/02/2012 - 19:55

Fonte:EPTV/Campinas

A Polícia Federal (PF) indiciou o secretário de Segurança, Siddhartha Carneiro Leão, por desvio de dinheiro de cursos da Guarda Municipal de Limeira. Também são investigados pelo crime de falsidade ideológica, o ex-diretor da Guarda Municipal (GM) Nilton Xavier Ribeiro e a dona da empresa de treinamentos Margarete Cárnio. Como o caso cita o prefeito afastado Silvio Félix (PDT), que estava na administração durante as supostas fraudes, os procuradores federais encaminharam o caso para o Tribunal Regional Federal.

Segundo a PF, a prefeitura recebeu R$ 311 mil do Governo Federal, entre 2007 e 2009, para o curso que não foi ministrado para os guardas. Eles deveriam ter recebido treinamento sobre direito administrativo, penal e violência nas escolas. A empresa MC Psicologia foi contratada para fazer o serviço, mas foi feita apenas uma avaliação psicológica e curso para o uso de armas.

A polícia chegou à conclusão depois de ouvir guardas municipais e a dona da empresa, Margarete Cárnio, que informou detalhes do esquema. Ela disse que recebia orientação de Ribeiro para o repasse em dinheiro e cheques. Margarete afirmou ter emitido notas fiscais comprovando a conclusão do curso e que repassava 60% da quantia do valor recebido para Ribeiro.

O secretário de Segurança foi o responsável por atestar as notas fiscais. Em depoimento a polícia, Leão confirmou não ter analisado a prestação de contas porque não tinha motivos na época para desconfiar das irregularidades.

As três pessoas investigadas pela PF e respondem pelos crimes de falsidade ideológica. O secretário e o ex-diretor da guarda também foram indiciados por se aproveitarem do cargo para conseguir alguma vantagem. Leão disse por meio da assessoria de imprensa que não vai se manifestar porque ainda não foi notificado. A Secretaria Nacional de Segurança Pública foi procurada, mas até a publicação da reportagem não comentou sobre o caso.