11.10.08

PREOCUPAÇÃO: ATERRO MANTOVANI - 326 MIL TONELADAS DE RESÍDUOS TÓXICOS

Aterro Mantovani: acordo tenta conter avanço da contaminação
Empresas assinaram um novo termo de compromisso com o Ministério Público

Maria Teresa Costa DA AGÊNCIA ANHANGÜERA
Parte das empresas que depositaram 326 mil toneladas de resíduos tóxicos de forma inadequada e contaminaram solo e água subterrânea no Aterro Mantovani, em Santo Antonio de Posse, assinaram um novo aditamento ao Termo de Compromisso (TC) com o Ministério Público Estadual (MP) se comprometendo a adotar uma série de medidas de curto prazo para conter o eventual avanço da contaminação e que custará R$ 2,65 milhões. O valor será rateado entre 48 empresas que teriam depositado os resíduos tóxicos na área.O aditamento, o oitavo realizado desde 2001, deve-se ao fato de as empresas não terem, ainda, cumprido a promessa de retirar 15 mil toneladas de borras oleosas — apenas 3 mil toneladas foram removidas e os grupos alegaram ao MP que enfrentaram problemas operacionais durante o processo. Assim, terão de adotar medidas de curto prazo enquanto finalizam o processo de seleção e contratação da empresa que continuará a renovação e destinação final daquelas borras e o grupo que realizará o trabalho de caracterização dos resíduos existentes e a renovação do projeto conceitual de remediação apresentado à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb).Entre as medidas previstas, estão a realização de campanhas semestrais de monitoramento analítico de águas superficiais e subterrâneas, e campanhas semestrais de monitoramento do ar na área do aterro incluindo os trabalhadores do local. As empresas se comprometeram também a elaborar e implantar um plano de contingenciamento, no caso de eventuais adversidades. O TC obriga as empresas a continuar fornecendo água potável para os sítios Santa Adélia, Dois Irmãos, Santo Antônio e São José. A Cetesb havia constatado contaminação no poço do Sítio Santa Adélia e interditou o local por causa da presença na água de 1,2 dicloroetano, substância organoclorada que pode causar câncer. Os outros sítios tiveram o poço interditado por estarem potencialmente sujeitos a contaminação.

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