15.10.10

MP apura crime contra administração

COSMÓPOLIS
MP apura crime contra administração
Segundo denúncia ao MP, ex-secretário teria respondido pela função após ter sido exonerado do cargo
RENATA MUNIZ - COSMÓPOLIS

O Ministério Público de Cosmópolis solicitou à Polícia Civil a abertura de um inquérito para investigar “eventual crime contra a administração pública” que teria sido praticado pelo ex-secretário de Segurança e Trânsito, Carlos Alberto Cavagnini, atual secretário de Gabinete.
O ex-secretário será investigado pela suspeita de continuar atuando na função, mesmo depois de ter sido publicada portaria, em junho deste ano, o nomeando para o cargo de secretário de Gabinete e revogando a anterior nomeação de secretário de Segurança e Trânsito. Cavagnini teria julgado recursos e multas assinando pela pasta, mesmo sem ser a autoridade competente para isso. Um edital com os resultados dos processos de recursos de multas com o nome do ex-secretário foi publicado em um jornal da cidade em 26 de setembro, três meses depois de sua exoneração do cargo.

A denúncia ao MP partiu do munícipe Ednaldo Luiz Lima, que protocolou em 27 de setembro um requerimento na promotoria de providências para o “eventual crime de usurpação de função pública”.

O atual secretário de Segurança e Trânsito, Carlos Alexandre Braga, disse que leu o edital e confirmou que o documento não poderia ter sido publicado com o nome do antigo secretário. Braga também informou que não é o responsável pela parte administrativa do Setor de Trânsito e, por isso, os julgamentos de recursos de multas não passam por ele.

O delegado titular da Polícia Civil de Cosmópolis, Américo Rissato, informou que o inquérito deve ser instaurado na próxima semana. De acordo com ele, as primeiras providências a serem tomadas para a investigação será ouvir as pessoas citadas.

A Prefeitura de Cosmópolis, por meio da assessoria de imprensa, nega a denúncia e diz que desconhece o fato. Cavagnini disse que continua trabalhando no Setor de Trânsito, a pedido do prefeito Antonio Fernandes Neto (PT), mas que trata da parte de projetos, sem assinar recurso ou despacho.

Sobre o edital publicado com o seu nome, o ex-secretário alegou que ocorreu um erro por parte de uma funcionária da prefeitura, mas que, mesmo assim, os resultados eram de processos antigos. A funcionária responsável pelo Departamento Jurídico da prefeitura não foi localizada para comentar o caso. O delegado Américo Rissato disse que o inquérito deve ser concluído em 30 dias.
Fonte: Jornal Todo Dia

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