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Manifestantes bloquearam as duas pistas da SP-332 perto da entrada da Replan, em Paulínia |
As duas pistas da rodovia, nas proximidades da Refinaria de Paulínia e da Braskem, foram bloqueadas e motoristas de caminhões, ônibus e veículos particulares foram impedidos de seguir viagem. O congestionamento só não foi maior porque a Polícia Rodoviária orientou os motoristas a utilizarem caminhos alternativos antes da faixa bloqueada.
Apesar de ser o presidente da comissão popular contra a construção dos pedágios, o presidente da Acip (Associação Comercial e Industrial de Paulínia), Wilson Machado, foi impedido de aderir à manifestação por força de uma liminar concedida à Rota das Bandeiras, a concessionária que executa obras na estrada e que explorará o pedágio. “Se fosse lá, poderia até ser preso”, disse Wilson.
Do mesmo partido do governador José Serra, o presidente do PSDB, Valmir Brustolim, ex-candidato a prefeito, também aderiu ao movimento. Proprietário da Transportadora Betel, empresa com uma frota de 68 caminhões, Brustolim alegou que terá um aumento de R$ 1,5 milhão anual nos custos da empresa por causa da instalação dos novos pedágios. Ele estuda deixar Paulínia. “Não é uma briga partidária, pois afeta diretamente a vida da Região, dos trabalhadores e das empresas instaladas na rodovia”, ressaltou o tucano. Trabalhadores que percorrerem de carro trechos curtos terão de pagar a mesma tarifa que os demais que percorrem trechos longos.
A Artesp (Agência Reguladora do Transporte do Estado de São Paulo) emitiu nota na qual menciona que a concessão do Corredor Dom Pedro I, no qual está incluído a rodovia, permitirá R$ 2,1 bilhões de investimentos na região, a partir da receita dos pedágios. Ainda alega que a isenção de tarifa de pedágio é proibida no edital.
O argumento da Artesp é que a concessão gerará receita estimada em R$ 1,4 bilhão aos municípios durante a concessão. E as prefeituras não precisariam conservar mais de 46 quilômetros de vicinais.
Fonte: JORNAL TODO DIA
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